Me rompo em todas as forças músculos tensos Mas hoje novamente assim como ontem Sou cercado outra vez, sou cercado Festivamente, eles se póem de tocaia. Atrás dos pinheiros estalam fuzis de cano duplo Caçadores ocultos nas sombras Os lobos caem na neve Agora alvos vivos. É a caça ao lobo, caça ao lobo A fera cinza mãe e filhotes. Os batedores gritam, os cães uivam até vomitar Sangue na neve manchas vermelhas nas bandeiras. Nossas pernas e mandibulas rápidas Por que, lider? Nos responda. Uma bala nos persegue Se não estamos infringindo a lei? O lobo não pode, não deve te ajudar O meu tempo chegou ao fim. Aquele pare quem eu fui destinado Sorri e ergue o seu rifle. É a caça ao lobo, caça ao lobo A fera cinza mãe e filhotes. Os batedores gritam, os cães uivam até a morte Sangue na neve manchas vermelhas nas bandeiras. Eles jogam não em igualdade com os lobos Mas a mão do caçador não tremerá Tendo defendido nossa liberdade com bandeiras Eles nos batem com segurança, com confiança. O lobo não pode quebrar a tradição Como na infância filhotes cegos Nós pequenos lobos sugamos a lobo-mãe E absorvemos nada além da bandeira. É a caça ao lobo, caça ao lobo A fera cinza mãe e filhotes. Os batedores gritam, os cães uivam até vomitar Sangue na neve manchas vermelhas nas bandeiras. Mas eu sai da obediência alem das bandeiras; O sonho de uma vida é mais forte. Atrás de mim, eu ouço com prazer Os gritos atônitos das pessoas. Me rompo em todas as forças músculos tensos Mas hoje novamente assim como ontem Sou cercado outra vez, sou cercado Mas os caçadores não ficaram com nada. É a caça ao lobo, caça ao lobo A fera cinza mãe e filhotes. Os batedores gritam, os cães uivam até vomitar Sangue na neve manchas vermelhas nas bandeiras.
© Vinícius Sousa. Tradução, 2017